Rali de Portugal 2001

Desmentido do Presidente da Federação Espanhola

Publicaram em 6 de Dezembro de 2001, o Jornal "A Bola" e a Revista AutoFoco n.º 89 "declarações" do Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo, D. Carlos Gracia Fuertes, onde eram transcritas graves acusações à FPAK e nomeadamente ao seu Presidente, nas quais era referida, nomeadamente, uma eventual falta de interesse na colaboração mútua entre aquela Federação e a FPAK, "acusando-se" ainda o Presidente da FPAK, de na FIA "ter apoiado tacitamente a exclusão do Rallye de Portugal do Campeonato do Mundo de Ralis".

Tais "declarações" mereceram ainda destaque na Revista ACP (n.º 612 - Dezembro de 2001), que terá sido aliás, e tanto quanto é conhecido, o único outro Órgão de Comunicação Social que a elas se referiu.

No sentido de dar a conhecer a verdade dos factos bem como do completo e total desmentido do Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo, foi convocada uma Conferência de Imprensa para 17.01.2001, onde toda a documentação sobre o assunto será dada a conhecer e colocada à disposição da Comunicação Social.

Estranhar-se-à certamente, que tenha mediado algum tempo entre a publicação da referida "entrevista" e a reacção da FPAK à mesma. Contudo, no próprio dia (06.12.2001) da publicação dessas "declarações", remeteu o Presidente da FPAK por carta ao Senhor Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo, D. Carlos Gracia Fuertes, um pedido de esclarecimento imediato sobre o teor das "suas declarações".

Em 10 de Dezembro de 2001 (via fax), o Senhor Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo, dirigiu ao Presidente da FPAK uma carta, cujo original só viria a ser recebido na FPAK em 13 de Dezembro de 2001. Nessa carta, o Presidente da RFEA manifestava desde logo reservas ao que havia sido publicado naqueles dois OCS e informava ter solicitado uma tradução profissional do respectivo conteúdo, para poder então exigir a correspondente rectificação.

Em virtude da quadra natalícia (que se prolonga em Espanha até 6 de Janeiro) e de problemas familiares graves que o impediram de esclarecer o assunto mais cedo, apenas em 10 do corrente (via fax), o Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo dirigiu ao Presidente da FPAK uma segunda carta, cujo original só viria a ser recebido na FPAK em 14 de Janeiro de 2002.

Entendeu-se então aguardar pela recepção do respectivo original, de forma a que nenhumas dúvidas de autenticidade restassem, sobre as rectificações que o Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo entendeu formular sobre este assunto.

A clareza das suas afirmações é tal, que nos dispensamos sequer de as comentar.

Para que fique ainda mais claro, do que foi a intervenção do Senhor Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo, na reunião de 3 de Outubro de 2001 do Conselho Mundial do Desporto Automóvel da FIA, em relação à exclusão do Rallye de Portugal do Campeonato do Mundo de Ralis, se transcreve igualmente parte da Acta Oficial dessa reunião.

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Mr Gracia asked why the Portuguese rally had not been included on the draft calendar of the World Rally Championship.

The President explained that it had been removed because the rally in 2001 had received a negative report from the FIA observer. In addition, the weather had been so bad that the organisers should have cancelled one stage because, in the event of an accident, an ambulance would not have been able to access the area. This situation could have put the FIA in a very difficult and indefensible position.

Mr Gracia agreed with the President’s views but explained that the weather had been terrible throughout the whole country at the time and that by next year the FPAK would have developed a contingency plan for such circumstances.

The President explained that this had been the worst case of a rally stage taking place that should not have. The FIA had had no choice but to cancel the rally for 2002.

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Tal como o próprio Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo refere na carta de 10 do corrente, essa sua intervenção ocorreu com prévio acordo do Presidente da FPAK, já que, não sendo o Presidente da FPAK, na altura, membro do Conselho Mundial, mas apenas convidado a assistir às reuniões, estava-lhe então vedada qualquer intervenção directa em sessão.

Assim, o aproveitamento especulativo que o Órgão Oficial do Automóvel Club de Portugal – a Revista ACP – entendeu fazer sobre o que havia sido publicado pelo jornal A BOLA e pela revista AutoFoco, é agora claramente desmontado pelas afirmações do Presidente da Real Federacion Española de Automovilismo.

Através da transcrição de parte da referida entrevista na Revista ACP, terá ficado mais uma vez provado que, os verdadeiros responsáveis pela exclusão do Rallye de Portugal do Campeonato do Mundo de Ralis – a sua Comissão Organizadora – pretenderão continuar a escamotear a sua responsabilidade, tentando, junto dos Associados do ACP em particular e da opinião pública em geral, justificar o injustificável, endossando culpas para quem as não tem e omitindo as várias chamadas de atenção que ao longo de 2001 lhes fez o Presidente da FPAK, alertando-os para o perigo iminente de exclusão da prova.

Mas como diz um velho ditado popular, "a verdade vem sempre ao de cima (tal como o azeite)".

 

Comunicado 014/2002-FPAK

LISBOA, 17 de Janeiro de 2002

 

 


 

 


 

 


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