12º G.P. DE PORTUGAL - 1992
Acidente assustador de Riccardo Patrese
Nigel Mansell regressou ao Autódromo do Estoril, cheio de determinação para vencer mais uma edição do Grande Prémio de Portugal, e talvez por isso mesmo, comandou a prova da primeira à última volta, assegurando o 30º triunfo da sua carreira e a nona vitória da época, batendo assim o recorde anterior estabelecido por Senna em 1988, quando conseguiu oito triunfos.
Mas o grande caso da corrida disputada no Estoril, foi sem dúvida o acidente que envolveu Patrese e Berger na 43ª volta, quando ambos se tocaram perto da entrada para as boxes. O Williams do piloto italiano, elevou-se no ar depois de embater no McLaren de Berger, que iniciara uma manobra de desaceleração para entrar nas boxes, quase batendo na passagem superior para peões, caindo depois afortunadamente em plena pista, mas com as rodas no chão. Uma imagem impressionante, que marcou toda a corrida e que apenas com as primeiras notícias positivas acerca de Patrese, foi ficando mais dissipada, na mente de pilotos, organizadores e mesmo por entre o público.
Este acidente sujou muito a pista, o que fez com que as paragens na box fossem mais frequentes, principalmente por causa de furos, mas quem passou sem problemas por cima de todas estas situações, acabou por ser Mansell, que quase ganhava com meia volta a Berger, conseguindo mesmo dar-se ao luxo de fazer mais uma volta que o campeoníssimo Ayrton Senna.
FICHA DA PROVA
12º GP de Portugal - 27 de Setembro de 1992
Circuito: Estoril - Perímetro: 4350 metros - Voltas: 71 (308,850 Km)
Comandantes sucessivos: Mansell da 1ª à última volta
Grelha de Partida:
1ª LINHA: Mansell (1.13.041) / Patrese (1.13.672) 2ª LINHA: Senna (1.14.258) / Berger (1.15.068)
2ª LINHA: Schumacher (1.15.358) / Brundle (1.16.084) 4ª LINHA: Hakkinen (1.16.163) / Alboreto (1.16.282)
5ª LINHA: Herbert (1.16.628) / Alesi (1.16.884) 6ª LINHA: Boutsen (1.16.930) / Cesaris (1.17.240)
7ª LINHA: Gachot (1.17.250) / Comas (1.17.264) 8ª LINHA: Grouillard (1.17.277) / Capelli (1.17.287)
9ª LINHA: Suzuki (1.17.361) / Morbidelli (1.17.387) 10ª LINHA: Letho (1.17.474) / Gugelmin (1.17.631)
11ª LINHA: Martini (1.17.661) / Wendlinger (1.18.060) 12ª LINHA: Naspetti (1.18.092) / Modena (1.18.318)
13ª LINHA: Katayama (1.18.592) / Fittipaldi (1.18.615)
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º- Nigel Mansell (Williams FW-14B/Renault V10) 71 voltas em 1h34m76,859s, à média de 195,521 Km/h.
2º- Gerhard Berger (McLaren MP4-7A/Honda V12) a 37,533s
3º- Ayrton Senna (McLaren MP4-7A/Honda V12) a 1 volta
4º- Martin Brundle (Benetton B192/Ford HBV8) a 1 volta
5º- Mika Hakkinen (Lotus 107/Ford HB V8) a 1 volta
6º- Michele Alboreto (Footwork FA 13/Mugen Honda V8) a 1 volta
7º- Michael Schumacher (Benetton B192/Ford HB-V8) a 2 voltas
8º- Thierry Boutsen (Ligier JS37/Renault V10) a 2 voltas
9º- Andrea de Cesaris (Tyrrell 020B/Ilmor V10) a 2 voltas
10º- Aguri Suzuki (Footwork FA 13/Mugen Honda V10) a 3 voltas
11º- Emanuele Naspetti (March CG91B/Ilmor V10) a 3 voltas
12º- Christian Fittipaldi (Minardi M192/Lamborghini V12) a 3 voltas
13º- Stefano Modena (Jordan 192/Yhamaha V12) a 3 voltas
14º- Gianni Morbidelli (Minardi M192/Lamborghini V12) a 3 voltas
Melhor Volta: A 66ª de Ayrton Senna (McLaren MP4-7A/Honda V12) em 1m16,272s à média de 210,786 Km/h.
